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MADAME KAMBA-TARÓLOGA

MADAME KAMBA-TARÓLOGA

3/21/2010


VERSÃO MODERNA DO VELHO REI MIDAS.

Cada dia é mais perceptível o desnível em larga escala, que vem acontecendo entre os seres.

Como se fossem dois elevadores, um subindo e outro descendo, esse é o panorama que se vem constatando em praticamente tudo, no dia a dia, nas relações interpessoais e na própria manifestação da natureza, com seus alinhamentos sísmicos e uma logística aparentemente irracional em seus elementos.

Até é bastante lógico a correlação dos fatos; quando algo está acontecendo num macro universo, obviamente está num micro universo também.

A questão não são os diálogos, os atos em si dos humanos, isso são efeitos secundários de algo bem maior que vem se processando. É de fato, assustador e dolorido, pois é uma cisão profunda, necessária na construção de blocos de semelhantes.

Há uma procura quase que instintiva pelo seu semelhante, uma necessidade urgente de se abraçar com seus iguais, como se isso fosse o que realmente importa nessa hora tão difícil que vivemos todos.

Todas as “miudezas” em nossa vida pessoal têm perdido em ritmo vertiginoso, o valor que ontem tinha, para dar espaço a algo bem mais valioso, que é a sobrevivência e a proteção de nossa verdadeira essência.

A essência que cada um bem conhece dentro de si, não querendo que se dilua em meio a balburdia instalada e exatamente nessa luta pela preservação é que a necessidade do abraço ao semelhante se faz vital.

Por mais que tentemos nos segurar aos velhos padrões a que nos impomos, profissionais, sentimentais, familiares, as mãos escorregam e eles se afastam de nós num ato puro de bondade, que na maioria das vezes não entendemos como auxilio e sim como uma maldição, como se tivéssemos sendo punidos por um Deus do mal, vingativo e injusto.

Na verdade não há o que proteger, nem o que segurar, pois tudo já está feito e perfeito. Enquanto a luz clareia de forma absoluta sua verdadeira nudez, muitos tentam te obscurecer, te iludir, perder seu tempo, sua ingenuidade natural, a alegria de tua alma, mas se você verdadeiramente não virar as costas á luz, acreditará q tudo está feito e perfeito.

Se atente as suas conquistas na infância, o brinquedo que veio em suas mãos, o banho de chuva que não te resfriou, as figurinhas do seu álbum que você conseguiu de forma mágica, em tudo isso você estava de frente para a luz e nem sabia que alguém poderia estar querendo-te “roubar”, se você virou de costas pode desvirar, nada te amarra, a não ser o lado escuro que se criou em você o qual você também é quem domina.

Vire para luz totalmente nu, tente, e o menino voltará junto aos seus iguais, pela sublime lei da atração, onde; a depender de sua escolha, nada mais doerá.

PAX E LUX

MARCIA CAMBA

Domingo 22;30hrs

3/07/2010


A TÊNUE LINHA ENTRE LIBERDADE E LIBERTINAGEM.

O sentido de liberdade é algo muito amplo e sua raiz advém de um profundo conhecimento de si mesmo.

Quem não se conhece, com certa amplitude, não é verdadeiramente livre, pois está atado as exigências do desconhecimento de seus limites.

Conhecer os nossos limites é o primeiro passo para a liberdade, é uma discrepância num primeiro olhar, mas é o parâmetro fundamental no sentido de não sermos consumidos por nossa falsa idéia de liberdade e felicidade.

Quando conheço meus limites eu sei dizer NÃO, eu sei o que pode me ferir, me queimar, me afogar, eu sei o que consigo assumir como responsabilidade, sei do peso que consigo carregar sobre os ombros, portanto, EU SOU LIVRE, sou leve e em nenhuma situação me comprometo com a dor pessoal ou alheia, que eu possa causar.

Tenho visto vários tipos de sofrimentos dentro de minha atividade como taróloga e observado também os meus próprios sofrimentos e certamente cada dia mais nítido me vem a idéia de que a ignorância dos próprios limites, é a causa raiz da ponte q leva a LIBERTINAGEM.

Enquanto deixarmos nossas vidas serem dependentes de um cheque no fim do mês, de um carinho implorado e dado em migalhas, de colocar a existência exclusivamente no TER e TER e TER, seremos eternamente escravos, moribundos de nossas carências, que nada mais são do que a falsa ilusão de FELICIDADE.

Enquanto estivermos agarrados às exigências do TER, esbarraremos infinitamente na libertinagem, na auto corrupção, seremos PRODUTOS comercializados nas mãos também ESCRAVAS.

Analise o que você quer, não quem você quer, mas o que você quer de fato, observe o tamanho dos que te cercam, será que você pode se unir a eles para caminhar em direção ao seu querer?

ONDE você gasta seu tempo? COM QUEM você gasta seu tempo? Você DEU ou TIROU nesse tempo gasto?

Perceba que a libertinagem, que a princípio te parecia liberdade e felicidade, no final da noite, você cansado e vazio, deita a cabeça no travesseiro e deixa sua ALMA transbordar em forma de lágrimas, a dor que ela sente por não ser LIVRE em você.

Busque seus limites, não coloque sua felicidade em objetos ou pessoas, assuma seu auto respeito e tudo mais decorre sem que você precise se violentar.

MARCIA CAMBA.

PAX E LUX

Na tarde de domingo ouvindo secret garden

"HOUVE UM DIA EM QUE ACREDITEI EM PALAVRAS" - FRANCISCO DE ASSIS